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Após
assistirem um show da banda Queen no Morumbi, em São Paulo, surgiu o
desejo em Guto Goffi (Flávio Augusto Goffi Marquesini), bateria, e
Maurício Barros (Maurício Carvalho de Barros), teclado, de 19 e 17 anos
de idade, em formar uma banda de rock. Em outubro de 1981, os dois
estudantes do Colégio Imaculada da Conceição, no Rio de Janeiro,
chegaram a um nome para o sonho: Guto sugeriu e Maurício concordou que o
aviador alemão Manfred von Richthofen, principal inimigo dos Aliados na
Primeira Guerra, batizasse o grupo com seu codinome: Barão Vermelho.
Dias depois, a dupla se uniu a Dé (André Palmeira Cunha), baixo, e
Frejat (Robeto Frejat), guitarra. Os ensaios ocorriam sempre na casa dos
pais de Maurício e, como a banda ainda não tinha vocalista, através de
uma amiga de escola, Guto conseguiu contato com um vocalista chamado Léo
Guanabara (que veio a ser conhecido como Léo Jaime), mas uma
incompatibilidade devido ao timbre da voz de Léo Jaime ser suave demais
para o rock do Barão, fez com que o mesmo não fosse aprovado pela banda.
Léo não se aborreceu com isso, pois o mesmo já integrava três bandas
(entre elas João Penca e Seus Miquinhos Amestrados), indicando Cazuza
(Agenor de Miranda Araújo Neto). O Barão Vermelho então estava completo.
Em 1982, o som do Barão Vermelho,
lançado
nas lojas dia 27 de setembro, se espalhou um pouco e agradou muito o
produtor Ezequiel Neves (José Ezequiel Moreira Neves, jornalista) e o
diretor da Som Livre, Guto Graça Mello. Juntos, eles lançaram a banda e,
com uma produção baratíssima,em quatro dias, foi gravado o primeiro
álbum do Barão, que recebeu o nome da banda. Das músicas mais
importantes, destacam-se "Bilhetinho Azul", "Ponto Fraco" e "Down Em
Mim". Depois de alguns shows no Rio de Janeiro e em São Paulo, a banda
voltou ao estúdio, agora por um mês inteiro, e gravou o LP "Barão
Vermelho 2", lançado em 1983. Embora o quinteto pudesse ser promissor,
as rádios não pensavam assim, e se negavam a tocar suas músicas.
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